segunda-feira, 18 de abril de 2011

2 - Se crianças convivem com a hostilidade, aprendem a brigar.

Quando olhamos para esses rostos, depois de tais massacres, nos da pavor, pânico e nunca passa por nossas cabeças que um filho nosso poderia fazer algo assim. Mas não nos damos conta que esse rapazes tinham família, um deles era até de uma família rica, bem vista. Não dá pra entender, para nós filhos, pais de família nunca fariam isso.. Mas fazem.
O fato, são que são filhos, tinham mãe e pai, avós, irmãos. Mas eram doentes, tinham uma patologia, uma doença que cresceu com eles desde a infância. Que não foi vista, que talves foi vista mas por quem foi vista não queria ver, se desenvolveu, tomou força, forma e os tornou nisso. Como o atirador de Realengo disse em um de seus vídeos, eu espero que esse massacre seja o último, e que nós, que a sociedade acorde para isso.

No segundo capítulo, Dorothy começa falando justamente sobre isso. Nós não nos achamos hostís. Não nos achamos pessoas violentas como as que aparecem na televisão. E de fato, não somos, não somos tais qual como eles. Mas volta e meia explodimos com sentimentos reprimidos e isso se infiltra-se na nossa família, na nossa rotina diária. E isso, afeta muito nosso filhos. Quando nós discutimos com nossos maridos, pais, vizinhos, irmãos, as crianças ouvem e se sentem vulneráveis. Algumas se tornam duras, rancorosas, violentas, prontas pra reagir a qualquer ofensa feita, a qualquer momento. E outras se tornam tímidas e fogem de qualquer situação que seja parecida com um confronto, seja qual for. Isso pode ser claramente notado em uma escola. Não desejamos para nossas crianças que elas absorvam que brigar seja uma espécie de solução ou a única saída. E é como nós, pais lidamos com nossos problemas diários, que preparamos nossos filhos para aprender a lidar com os seus problemas - seja com hostilidade e briga ( ou chegando a algo mais extremo) ou como diálogo e empenho por uma solução.
O estresse se acumula durante ao longo do dia, e assim, vamos perdendo nossa serenidade e nosso equilíbrio. E no fim do dia, está a família reunida cansada depois de um dia cheio de tarefas.
Uma situação é você está terminando de arrumar seus papéis e seu filho derruba vários potes na cozinha. Para muitos, a situação que vem a seguir pode ser óbvia. A mãe poderia gritar, repreender e sair gritando zangada. Fazendo o filho ficar com um sentimento de raiva, culpa e inferioridade. Mas, e se fosse diferente? Se a mãe sentasse do lado do filho e ''Poxa, mandou mal, ein? Devia ter me chamado pra pegar o biscoito.'' E der um sorriso? E juntos, os dois arrumarem a bagunça que o filho fez? Com toda certeza o filho e a mãe se sentiriam bem melhor. Praticar atividades com seu filho é uma forma ótima de aliviar o estresse do dia, pratiquem. ;)
Esses sentimentos precisam ser reconhecidos e tratados de forma criativa na hora que surgem, caso contrario, eles podem se desenvolver e se transformar em sentimentos grandes.
Uma coisa boa é sempre lidar com nossas frustrações na hora que elas surgem, da forma que você achar conveniente e mais saudável. Escrever, correr, ouvir música, tomar um sorvete, passear com seu cachorro. Pois as crianças aprendem a lidar com os sentimentos que evoluem da impaciencia para a hostilidade observando como nós lidamos com eles, afinal, como se diz no primeiro capítulo, nós somos o primeiro espelho de nossos filhos.
Outra coisa que Dorothy lembra que é muito útil é parar tudo e nos concentrar em nossa respiração 10 vezes, do tempo dos nosso avós né? Mas é bastante eficaz para voltar a ter o autocontrole.
E, para as crianças que não conseguem descarregar naturalmente suas tensões atráves de brincadeiras, os pais devem sentar e conversar, perguntar como foi o dia, deitar na cama com os filhos, briga de almofadas..Usem a imaginação!
Continuando o capítudo, Dorothy abre outro tópico falando que toda criança tem o direito de expressar seus sentimentos de raiva, assim como os adultos. Elas não devem ser reprimidas. Mas isso NÃO justifica que seu filho pode sair destruindo a casa da sua amiga, chutando, empurrando ou batendo no amigo. Nós como pais não devemos tolerar tais atos e devemos aplicar medidas disciplinares. As crianças, principalmente as pequenas precisam de ajuda para aprender a expressar e compartilhar seus sentimentos, com palavras ao invés de colocá-los em ação. Em posição de pais, devemos respeitar os sentimentos de nossos filhos e ao mesmo tempo colocar e manter regras e limites de comportamento. É uma tarefa difícil, mas não impossível! O equilíbrio estável é fundamental para criança. Os pais tem que deixar seus filhos definirem seus sentimentos. Uma sugestão que a autora dá e que eu também concordo é substituir as afirmações por perguntas pergunte como seu filho está se sentindo, o que ocorreu para ele se sentir assim, e como ele poderia se sentir melhor.

Para terminar, algo importante. Não devemos impor nosso mau humor para nosso filhos, mas também não devemos fingir que não estamos com raiva. Devemos mostrar para eles que somos francos, que não somos super heróis, que somos humanos.. Assim como todos. ;)

Beijos! E até o próximo capítulo!

domingo, 17 de abril de 2011

1 - Se as crianças vivem ouvindo críticas, aprendem a condenar.

Os pais são o primeiro espelho dos seus filhos, elas aprendem com eles o tempo todo, mesmo sem os pais perceberem. Pais, é bom tomar com isso! Crianças são como esponjas, elas absorvem tudo! Tudo de positivo e negativo. Quem nunca reparou na filha imitando a mãe brigar com o bichinho de estimação ou algo parecido? Quando criticamos nossos filhos ou até mesmo brigamos na frente deles, estamos até mesmo sem querer os ensinando a condenar e criticar a si mesmo e aos outros. Estamos os ensinando a ver o que está errado no mundo, e não o que está certo.
Mas como os pais podem perceber que estão de alguma forma uma posição crítica para seus filhos? Geralmente, são pelas palavras.. muito pelo tom de voz usado. A criança absorve muito isso, muito mais que os adultos e muitas vezes ela não deixa isso transparecer. Também passamos pelo olhar, todos nós sabemos como é AQUELE olhar reprovador. Pois é, as crianças são muito afetas por isso.
O que o autor e eu estamos tentando passar é que não devemos criticar nossos filhos, a critica faz parte da construção do caráter dele, dá digamos.. um freio. Mas a questão é: A crítica frequente, ela cria um efeito cumultativo e cria uma atmosfera negativa na convivencia familiar e na criança.
Temos que aprender a criar nossos filhos em um ambiente estimulante e encorajador ao contrário de um crítico e reprovador.

Mas, como devemos agir na hora que uma situação assim acontece? Quando seu filho joga coca cola no seu vestido de 2 mil reais no casamento da sua irmã mais velha? Na hora, a maioria age sem pensar, fala a primeira coisa que vem a mente, sái tudo tão rápido da boca, né? Não dá tempo nem de refletir melhor. Podemos falar que são por diversos fatores, trabalho demais, o vestido é caro, tá cansada, o marido podia tá olhando seu filho (mas não estava), nada relacionado a seu filho ter por acidente derramado a coca, certo?
Já falou! Que droga, né? Senta, pede desculpas. Diz que não queria ter falado daquela forma com seu filho, pede pra ele prometer tomar mais cuidado e dá um abraço bem apertado. Ele vai fazer biquinho, mas logo vai passar. Isso é bem melhor que brigar e deixar por isso mesmo, a mãe ou pai continuar fazendo criticas e a criança começar a achar que é incopetente e desajeitada. Não é fácil ver aquele vaso quebrado, aquele vestido sujo e se refrear, mas é pelo melhor dos nossos filhos. Vale a pena.
Uma boa alternativa seria: "Como isso aconteceu?" enfatizando o acidente, não a criança, assim, evitando a sensação de fracasso dela, estimulando seu filho a falar durante a sequencia de acontecimentos, vocês podem ver juntos como uma coisa levou a outra e assim ver como isso pode ser evitado. Não seria ótimo?

Uma coisa que também evita bastante brigas é fazer regras, ter um local certo pra colocar roupinha suja, pra brincar, pra estudar, pra tudo! E muralzinho.. Explicando tudo. Se a criança não souber ainda ler, qual tal desenhar? Desenha da forma que você souber, o importante é que a criança aprende desde cedo o que pode, o que não pode. E que tudo tem sua hora e lugar. Isso ajuda muito, experiência própria.
Os pais tem que ter voz ativas nas decisões cotidianas e não podem tirar a ordem do outro, isso é fundamental.

Bem, acabo por aqui. Espero que aproveitem e gostem!
Beijo!
Então.. Existem dois anos que venho com essa idéia de criar esse blog. Então, como todo primeiro post é sagrado, vou me apresentar!
Carla Géssica, Quinto Semestre de Psicologia no papel, uma menininha meio tímida, que adora ler, rir, ver filmes no fim de semana, jogar conversa fiada.
Mas, o que me motivou a criar esse blog, é o fato de que várias pessoas não se ligam na importância da psicologia na suas vidas, de como devem criar os seus filhos de uma forma bem saudável e criar grandes laços com toda família.
Assim, talves aquele desastre em realengo poderia ter sido evitado. Porque, aquela patologia que o atirador tinha e que o motivou a tamanho massacre, cresceu com ele, não foi tradado, e o levou aquilo. Nós temos que nos preocupar, nossa sociedade está doente. Temos que olhar mais para nós, olhar para nossos filhos, nossos sobrinhos, perder um pouco do nosso tempo lendo algo que nos ajude, e por isso, resolvi criar esse blog.
Em breve, vou disponibilizar meu e-mail para quem quizer tirar dúvidar, desabar sobre algo, vou ter prazer em ajudar.

O primeiro livro que vou tratar/resumir no blog vai ser As Crianças Aprendem o que Vivenciam (Dorothy Law Nolte, Rachel Harris - Editora Sextante). Tem uma leitura ótima, recomendo a todos os pais, futuros pais, tios, tias, avós.. enfim!

Um resumo básico dele é basicamente a primeira página, um texto que praticamente diz tudo:
Se as crianças vivem ouvindo críticas, aprendem a condenar.
Se convivem com a hostilidade, aprendem a brigar.
Se as crianças vivem com medo, aprendem a ser medrosas.
Se as crianças convivem com a pena, aprendem a ter pena de si mesmas.
Se vivem sendo ridicularizadas, aprendem a ser tímidas.
Se convivem com a inveja, aprendem a invejar.
Se vivem com a vergonha, aprendem a sentir culpa.

Se vivem sendo incentivadas, aprendem a ter confiança em si mesmas.
Se as crianças vivenciam a tolerância, aprendem a ser pacientes.
Se vivenciam os elogios, aprendem a apreciar.
Se vivenciam a aceitação, aprendem a amar.
Se vivenciam a aprovação, aprendem a gostar de si mesmas.
Se vivenciam o reconhecimento, aprendem que é bom ter um objetivo.
Se as crianças vivem partilhando, aprendem o que é generosidade.
Se convivem com a sinceridade, aprendem a veracidade.
Se convivem com a equidade, aprendem o que é justiça.
Se convivem com a bondade e a consideração, aprendem o que é respeito.
Se as crianças vivem com segurança, aprendem a ter confiança em si mesmas e naqueles que a cercam.
Se as crianças convivem com a afabilidade e a amizade, aprendem que o mundo é um bom lugar para se viver.


Então é isso, espero que gostem do blog!
Beijos, Carla.